domingo, 8 de novembro de 2009

Perder


E de repente, subtamente, assim sem perdir lincença, acabou-se o mundo.
Acabaram-se os carros, as motos, os aviões.
Acabaram-se as casas, os prédios, os quarteirões,
Acabaram-se as guerras, a paz e as lamentações.

Não existe mais eu te amo, não existe mais a saudade,
Não existe mais a mentira, não existe mais a verdade.
Não existe mais o viver, nem a mortalidade.
Existe apenas o nada e sua complexidade.

No nada existe existe você,
E seu eterno “passar mal”
Do nada existe a vontade,
Daquele tempo ideal.

E de repente, subtamente, assim, sem pedir lincença, acabou-se o mundo...
Você está só, mas tem o mundo pra si, de que adianta se não tem para quem exibi-lo? Você entrou nisso aos poucos, largado, cuspido, descartado da sua realidade. As portas foram fechadas mas agora não existe um Deus para abrir janelas. O mundo foi destruído, não existem mais contrutores, não existem mais pedreiros, não existe mais cimento, nem vontade de construir. “Que mundo é esse meu Deus?”.

Ele não pode lhe responder... AMITTERE, AMITTERE...

Pra onde foram todas as pessoas? Em que lugar estão os sentimentos? Você não pode recorrer, não sabe nem pra onde ir... Perder tempo? O tempo nunca foi seu, você perdeu vida! Era a única coisa que tinha e nunca soube aproveitar.
Seu problema foi colocar alguem no seu lugar em todas as ocasiões. Foi fazer do seu ânimo o raro sorriso alheio. E agora que você está só?
Você não sabe ser independente, não sabe fazer acontecer.
Pare! Respire! Feixe o olhos... Abra-os devagar. Amittere...

2 comentários:

era pra ser secreto disse...

adorei

Pamella Caula disse...

por algum motivo, acho que esse texto tem alguma coisa a ver comigo. por que será? será que estou louca?

te amo.